segunda-feira, 28 de maio de 2018

menina, eu te amo tanto... 
eu só queria que você soubesse que
eu não sou seu pai
eu não seu seu ex

eu sou uma pessoa que 
você precisa conhecer mais
sem preconceitos

deixa o presente agir
há algo novo acontecendo
EU ESTOU AQUI CONTIGO
mas você parece não enxergar 

deixa a bagagem do passado 
no lugar dela
solta em qualquer esquina
e vem comigo

eu entendo que não é nada fácil
deixar as coisas fluir assim mais uma vez
mas, dá uma chance pra nós

eu repito:
estou aqui com você!
para você!
é com você que quero ficar...

é tão lindo quando estamos juntos
quando nossos olhos se encontram 
eu tenho certeza de que um lindo caminho nos espera

quando nos beijamos o coração se conecta
e quando estou dentro de você tudo transborda

pega uma página em branco do teu diário
mas de um novo diário
do velho não
e deixa que nossa história se escreva

só deixa eu cuidar de ti
só aceita meu amor
só permita que a nossa história aconteça 

permita que eu te faça um cafuné quando tu for dormir
permita que eu partilhe a vida boa com você
permita que a pele de ouro marrom do seu corpo se esfregue contra o meu 
permita que eu ame você, menina...

toda vez que você vem me dizer que sente que há algo de estranho
meu coração fica ansioso para te escrever essas coisas
porque eu também sinto que devo fazer isso 
e que ainda vamos viver coisas tão maravilhosas
que você nem imagina!

As Estrelas-do-mar

Depois de uma jornada cansativa, pelo deserto marinho, a Estrela-do-mar-andarilho se surpreende com uma nova paisagem. Lá de longe do coral ele via as algas e muitos peixes coloridos destacados no imenso mar azul. Resolveu parar ali para um descanso, colocou sua bagagem no chão, sentou na areia e ficou admirando o belo espetáculo que a natureza é. O que ele não sabia era que também estava sendo notado. Lá de cima, uma estrela do mar observava os olhos cansados e admirativos do andarilho. A estrela queria ser notada e resolveu cantar uma doce melodia. O andarilho absorto em seus pensamentos começou a sentir que havia alguma movimentação lá em cima. Até que percebeu que uma linda estrela-do-mar cantava uma canção mais linda ainda. Os olhares se encontraram e então começa a jornada do andarilho para conhecer a estrela-do-mar. Primeiro pensou como chegar até lá, mas isso não era problema, descobrir novos caminhos nunca lhe amedrontou. Procurou. Procurou e enfim achou um caminho até os corais. A conversa fluiu tão fácil que parecia que já se conheciam de algum lugar e há algum tempo. O andarilho que ao longo de sua jornada acumulou as coisas mais belas, que se podem oferecer a outrem, logo percebeu que aquela estrela deveria receber o que tanto foi alimentado por ele. A estrela se encantou pelo andarilho. Durante poucas semanas, porém intensas eles trocaram afetos, segredos, sonhos, desejos; saíram, dançaram... Até que um dia a estrela se sentiu insegura e se perguntou: "como de repente pode aparecer um amor tão prontinho assim?'', "esse amor que tá guardado não é para mim, não me pertence." Então, a estrela decide não se envolver mais com o andarilho e contar esses pensamentos a ele. Ao receber a notícia o andarilho se perguntou muito, tentou entender de todas as formas "por que não viver um amor desses?" ele mesmo sabia que não era nada fácil e encontrar sentimento tão bonito desse e alguém tão disposta a fazer isso acontecer. Sentiu-se sortudo e azarado ao mesmo tempo. Sortudo pelo sentimento bonito de doar seu amor para alguém tão especial. Azarado porque ela de certa forma não estava confortável com a situação. Eles aceitaram o acordo, mas logo em seguida o quebraram. Simplesmente porque estavam mais conectados do que imaginavam. O andarilho resolveu jogar fora todo seu amor acumulado e cultivar um novo amor. Especialmente para ela, por ela. Um amor genuíno, diferente, daqueles que você se sente a vontade para conhecer coisas novas, superar seus limites  e seus preconceitos. Ele só queria que ela recebesse aquilo que lhe pertencia, embora ela pensasse dessa maneira. O andarilho ao invés de continuar sua jornada parou por aqueles corais e continuou cultivando o amor que ele sente pela estrela. 
imagine voce ta la pega um terreno baldio, cheio de sujeira, de entulho, limpa tudo, organiza as coisas, prepara a a terra, escolhe as sementes, planta, rega, coloca bastante cercado... espera crescer, poda, aduba... ai as plantas começam a florescer, dar frutos. ai chega uma pessoa sai derrubando cercado, colhendo os frutos tudo, se deliciando. e vc ate acha que é massa isso pq nunca mais achou q alguem iria querer esses frutos. e n tem problema ter derrubado a cerca, eu conserto sem problema nenhum. foi a emoção que nao fez a pessoa enxergar as cercas. tudo bem, todos temos emoções que nos cegam, as vezes. entao voce começa a ajeitar as cercas e os frutos ja nao pareciam ser tao saborosos assim. valeria a pena se sentir dentro de uma cerca onde os frutos ja pareciam nem ser tao atraentes assim?

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Cada morte de um humano é um suspiro que a Terra dá.
Cada nascimento de um humano a Terra engole seco.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

A Flor e o Andarilho

Num deserto havia um andarilho e nele cada grão de areia era uma pessoa diferente, sim, milhões de pessoas que o caminhante tinha oportunidade de conhecer. Mas para ele essas pessoas eram meros grão de areia nas dunas. Lá ele ia caminhando sob o Sol escaldante, já cansado, porém com esperanças e eis que a paisagem muda... no meio do amplo dourado algo se destaca: uma linda flor. Ele se perguntava: "Há quanto tempo não vejo algo assim? nem lembrava que era possível ver tamanha beleza nessa monotonia". Durante todo esse tempo no deserto quando via uma flor a primeira coisa que fazia era arrancá-la e levar consigo por apenas alguns passos adiante, assim  a flor logo murchava e ele continuava sua caminhada sempre se questionado o porquê elas duravam tão pouco tempo em sua companhia. Mas, dessa vez não queria arrancá-la. Ele sabia que essa flor era especial e não podia cometer os mesmos erros. Dessa vez queria fazer algo diferente. Por em prática o que aprendeu com as lições vividas na jornada. A flor, apesar da solidão, não se incomodava em estar só. O Sol não tinha pena dela, mas ela era forte. Não tinha água por perto, mas ela dava um jeito. A vida era dura, mas ela estava sempre florindo. Ela também viu o andarilho. Ele foi se aproximando cada vez mais e percebeu que a flor era mais bonita ainda. Tinha também um detalhe: estava sem algumas pétalas... A flor não se animou muito com a aproximação do desconhecido. Totalmente o oposto da reação do viajante. Ele a encarou. Ela se virou.
Ele disse: "Deixe-me por um pouco de água em você, olha esse Sol como está forte"
Ela respondeu: "Não precisa. Fico agradecida. Eu estou bem, tenho meu jeito de conseguir água. Você precisará mais do que eu. Ainda tem muito deserto pela frente."
Ele: "O que aconteceu com suas pétalas? Vi que está faltando algumas... Sinto-me uma pessoa de sorte por ter te encontrado pelo caminho. Gostaria ao menos de retribuir com um pouco de água"
Ela: "Por aqui passam muitas pessoas como você. Olham-me, conversam comigo, me oferecem água e depois querem me arrancar. Eu digo para me deixarem em paz, ficam com raiva e alguns me levam umas pétalas. Dói muito quando fazem isso. Por isso, pode ficar com a água. Como eu disse eu sempre dou um jeito de me hidratar."
Ele: "Certo. Não queria incomodar. Bom, já está escurecendo e tenho que montar minha barraca. Posso ficar por aqui esta noite? Prometo que não vou arrancar uma pétala sequer."
Ambos sorriram. Ele montou a barraca, fez uma fogueira e assim passaram a noite conversando até pegar no sono.
Quando a flor acordou suas pétalas estavam completas e mais fortes. Não havia mais ninguém por perto, apenas um bilhete que dizia: "Durante muito tempo fui essa pessoa que arrancava pétalas. Quando você dormiu coloquei um pouco de água em ti.Você sorriu dormindo. Quando estiver lendo sei que estarás mais linda do que já era. Ás vezes a gente só precisa deixar que alguém nos dê um pouco de água. Com admiração: Viajante Desconhecido"

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Dicionário

Dicionário são filósofos.

Guarda-roupa Velho

Abriram um raro e exuberante guada-roupa, 
porém que não é limpado há seculos.
O que esperar dele?
Cheiro de flores?
Que estivesse sem poeira, 
teias de aranha, 
escorpiões, 
traças, 
baratas e ratos?
Se ninguém se preocupou em limpá-lo
como alguém se surpreenderia em vê-lo em outra situação?
Pois é!
A política no Brasil cheira a mofo.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Horizonte

Um abraço.
Uma música.
O silêncio.
O perfume teu.
Um café.
Um cochilo.
Uma cerveja com amigos.
Um desabafo com a família.
Uma pedalada sem rumo .
Sempre estamos na metade.
Sempre estamos no começo.
Sempre estamos no fim.
Você se sente melhor olhando por qual perspectiva?




sábado, 29 de outubro de 2016

Touro Negro de Chifres Revirados

Num lugar montanhoso havia um touro caminhante.
Ele era negro e tinha chifres revirados.
O céu estava quase todo escuro, se não fosse a bela lua e suas milhares de amigas estrelas.
Esse cenário lhe trazia paz e o preferia para tomar decisões.
O touro gostava de subir montanhas, mas não gostava de descer pela mesma.
Então, toda vez que chegava ao topo se deparava com outras montanhas e sua unica maneira de sair dali era pulando de uma para outra.
O touro passava horas, dias, meses ou até mesmo anos decidindo para qual pular
Os medos eram vários: se iria chegar a montanha desejada, se iria cair no pulo e se machucar, se iria sobreviver as quedas...
Mas alguma decisão ele tinha que tomar, não poderia ficar ali parado.
Não suportava a monotonia do topo.
Montanhas vão, montanhas vem.
Quedas vão, quedas vem.
Machucões vão, machucões vem.
E touro está lá com cicatrizes.
Porém, mais forte.
Porém, mais livre.
Porém, mais vivo.
Os medos já não faziam seu papel direito e cada vez mais o touro queria subir no topo das montanhas, incansavelmente, e se jogar de uma para outra mesmo sem saber onde iria parar.
Não esperava nada.
Apenas pulava.
E assim levou sua vida inteira.
Pois, se agisse diferente não seria o touro negro caminhante de chifres revirados.