Quando a saudade não te deixa mais ficar embriagado

Quando a saudade não te deixa mais ficar embriagado...

Porque se você fizer isso já sabe o que vai acontecer.
E quem quer ficar lembrando de quem não te quer?
Quem aguenta o tempo inteiro desejar algo que não está ao seu alcance?
Quem gosta de lembrar que deixou seu amor ir embora?

E o pior... saber que foi tudo culpa sua.
É difícil aceitar que não se merece uma chance, apenas uma.
Eu deixei ir.
Era só um tempo.
Mas o tempo é infinito.
E ela está no tempo dela.
E o meu chegou ao fim.
Foi por ingenuidade ou egoísmo que achei que tudo seria como eu quero?
Um pouco dos dois, talvez.
Só quero que os Olhos d'Água sequem e não alimentem mais esses rios de dor.

Maldita Garrafa de Vinho

Foi uma decisão difícil.
Mas tive que tomá-la.
Então... hoje foi o último dia que chorei por você.
O último dia que me emocionei vendo nossas fotos.
O último dia em que você levou meu sono embora.
O último dia que outro alguém tomou sua forma no meio de um abraço,
de um beijo ou do entrelaçar das almas.
O último dia em que nossas músicas tocaram meu coração.
O último dia em que até uma garrafa de vinho me faz pensar em você.

O último dia... até eu terminar de beber essa garrafa de vinho.

Que mania terrível de querer sempre as pessoas sempre ao redor
E quando não se pode ter? É ai que queremos mais...
E a vontade vai crescendo, e tomando conta de sua mente (terminar)

O Choro de Ontem

Às vezes vem a pergunta: o que foi aquilo que sentiu ontem?

O dia?
15 horas (no mínimo) trabalhando duro.
5 horas (no máximo) de dormida.
Até que então resolve ir a uma festa.
Rodeado de amigos.
Bebida.
Cigarro.
Som.
Dança.
Até um tempo atrás,tudo isso agradava.
Tudo isso fazia sentindo. Era bom.
Ai vem outra pergunta na cabeça...
"O que diabos eu estou fazendo aqui?"
Nos momentos que não está trabalhando, está pensando nas coisas que partiram o coração ou dormindo. E sempre, sempre pensando como ser alguém melhor.
Na volta para casa quase é atropelado, pois sua cabeça ferve, e não quer saber o que vem de lado.
Chega em casa.
Deita.
E então... todos aqueles sentimentos guardados no peito transbordam pelo corpo.
O coração numa agonia, numa dor, num desconforto, num aperto.
Os olhos foram apelidados de Olho d'água. E querendo sempre que os rios secassem.
Mas o maior órgão do corpo foi o que mais sentiu...
Um arrepio que não é de frio.
Um tremor que não é de frio.
Um arrepio que é por dentro e por fora.
Uma sensação de que todos os órgãos mudaram de lugar.
Até que depois de horas infinitas, enfim, os rios secaram.

E seu corpo e sua mente adormeceram.