quinta-feira, 18 de junho de 2015

O Choro de Ontem

Às vezes vem a pergunta: o que foi aquilo que sentiu ontem?

O dia?
15 horas (no mínimo) trabalhando duro.
5 horas (no máximo) de dormida.
Até que então resolve ir a uma festa.
Rodeado de amigos.
Bebida.
Cigarro.
Som.
Dança.
Até um tempo atrás,tudo isso agradava.
Tudo isso fazia sentindo. Era bom.
Ai vem outra pergunta na cabeça...
"O que diabos eu estou fazendo aqui?"
Nos momentos que não está trabalhando, está pensando nas coisas que partiram o coração ou dormindo. E sempre, sempre pensando como ser alguém melhor.
Na volta para casa quase é atropelado, pois sua cabeça ferve, e não quer saber o que vem de lado.
Chega em casa.
Deita.
E então... todos aqueles sentimentos guardados no peito transbordam pelo corpo.
O coração numa agonia, numa dor, num desconforto, num aperto.
Os olhos foram apelidados de Olho d'água. E querendo sempre que os rios secassem.
Mas o maior órgão do corpo foi o que mais sentiu...
Um arrepio que não é de frio.
Um tremor que não é de frio.
Um arrepio que é por dentro e por fora.
Uma sensação de que todos os órgãos mudaram de lugar.
Até que depois de horas infinitas, enfim, os rios secaram.

E seu corpo e sua mente adormeceram.


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